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Foto: Marcelo Gonçalves/Fluminense

Fluminense tem acesso ao VAR e áudio expõe polêmica que revoltou torcida e comissão

A atuação da arbitragem no empate entre Fluminense e Vitória, no último domingo (20), segue repercutindo de forma intensa. O duelo, disputado no Maracanã, terminou em 1 a 1 pela quinta rodada do Brasileirão, mas o suposto pênalti não marcado em Jhon Arias gerou indignação. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou, nesta segunda-feira (21), o áudio da análise feita pelo VAR, tentando explicar a decisão tomada em campo.

O lance em questão ocorreu aos 27 minutos do segundo tempo, quando Arias caiu dentro da área após disputa com Lucas Halter. No vídeo divulgado pela CBF, o árbitro de campo Matheus Delgado Candançan relatou um “contato de agarrão”, mas não viu impacto suficiente para assinalar a penalidade. A equipe do árbitro de vídeo validou essa interpretação, o que aumentou a insatisfação da torcida tricolor.

(Foto: Marcelo Gonçalves/Fluminense)

Conversa completa entre árbitros e VAR

A seguir, a transcrição da comunicação entre os árbitros durante a revisão do lance:

Árbitro de campo: “Não consigo ver nada de irregular. Está de frente, tem o contato, mas não há impacto. Para mim, não é o que impacta. Tem o contato tipo de um agarrão, mas é exatamente igual ao da outra área, ele sente esse contato e vai (ao chão). Quando ele corta, não é o que impacta. Ele sente esse contato e vai ao solo quando ele gira.”

VAR: “Pode seguir a decisão de campo. Ele está em um processo de giro e isso potencializa a queda dele.”

A decisão foi mantida em campo e causou reações imediatas, sobretudo nas declarações pós-jogo do técnico tricolor.

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(Foto: Reprodução Premiere)

Técnico do Fluminense critica duramente o VAR e a comissão da CBF

Após a partida, o técnico Renato Gaúcho fez duras críticas à arbitragem e, especialmente, ao uso do VAR. O comandante, que havia elogiado os árbitros na rodada anterior, mudou de tom de forma contundente ao analisar o episódio com Arias.

“Hoje quem apita é o VAR. Não sou contra a tecnologia, mas, do jeito que está, parece feita para atrapalhar. A CBF dá uma Ferrari para o Stevie Wonder pilotar. Não é possível que alguém com acesso às imagens não veja um puxão claro como aquele.”, disparou.

Renato ainda sugeriu que a comissão de arbitragem da CBF, formada por representantes da Argentina, Itália e Brasil, reveja seus critérios. Segundo ele, seria mais produtivo incluir treinadores nos debates semanais sobre arbitragem, buscando mais transparência e coerência nas decisões.

(Foto: Marcelo Gonçalves/Fluminense)