Na atualidade, talvez Celso Barros seja um dos ex-dirigentes do Fluminense mais conhecidos não só pela torcida Tricolor, como qualquer outro adepto ao futebol Carioca. O ex-presidente da Unimed tem um dos nomes mais fortes e longínquo do esporte no Rio de Janeiro. Desde 1999 mais próximo ao Pó de Arroz, sendo de financiador a torcedor, Celso conversou com a equipe do NossoFlu e deu fortes alegações sobre Fernando Diniz, Mário Bittencourt e a decisões tomadas pelo clube como um todo.
O ex-vice presidente Tricolor se expressou em suas redes sociais seu descontentamento referente as atuações do Fluminense em 2024. Em seu post e com exclusividade ao NossoFlu, Barros deixou claro que não acredita que o Flu caia este ano, entretanto, certas responsabilidades devem ser consideradas e cobradas o quanto antes para o time sair desta situação: “Eu comecei com o Flu na série C, na época do patrocínio, sei o quanto isso representa. Quanto mais tempo você ficar ali (Z4), mais difícil fica para sair, mas acredito que não temos time para cair este ano.” – comentou esperançoso.
Com a torcida sem paciência com Fernando Diniz, muitos rumores e sua possível demissão acabam entrando em pautas caso os próximos resultados não sejam positivos. Celso, em 2019, foi um dos responsáveis pela demissão direta de Diniz na sua primeira passagem pelo Fluminense. Mesmo o ex-treinador retornando e sendo campeão da Libertadores, o ex-dirigente confessa que não o teria contratado para comandar o Pó de Arroz e que os problemas atuais, o Mário Bittencourt é que deve resolver:
“Hoje eu sou torcedor, não cabe a mim opinar, mas o conceito que eu tenho sobre o Diniz é desde aquela época. Tenho acompanhado a carreira dele, ele foi mal-educado comigo (em 2019). Pessoalmente eu não tinha nada contra ele. Ao sair do Club, agradeceu o Mário e Angioni de uma forma que ele desprezava todos os outros que ele não citou, pois na época se sentia maior do que era e eu já tinha batido de frente com ele.”
“E até hoje mantém uma postura que o levou a ser demitido no Athletico, no Santos, no Fluminense, no Vasco, fez uma boa campanha com o São Paulo em que quase foi campeão Brasileiro, mas teve aquele problema com o Tchê-Tchê, talvez tenha perdido o grupo. São coisas do futebol, de qualquer técnico, mas ninguém tem raiva de ninguém.”
Celso também não gostou da escolha do treinador em conciliar as Laranjeiras com a Seleção Brasileira e ainda comparou com um velho conhecido nosso: “O Muricy Ramalho tinha um pré-contrato, nem estava assinado, era mais bem preparado, conversou com a CBF, rejeitou e ficou no Flu. Pro Fernando as coisas foram subindo a cabeça (após o título do Carioca 2023). Quando ele aceitou o convite eu achei um absurdo, falei na época, fiz duras críticas ao presidente da CBF e ao Romário. Aquilo foi uma decisão dele, mas o Brasil fez uma das piores campanhas das eliminatórias, foi demitido e aí sim foi campeão da Libertadores”
Quando perguntado se ele manteria Diniz no comando do Time das Laranjeiras respondeu: “Os erros são os mesmos daquela época (2019). Os outros técnicos perceberam como enfrentar o clube. Ele é até um bom treinador, mas o Club está numa situação muito ruim. Quem tem que resolver é o presidente. Ele que manda. Não é o Fred e nem o Angioni. Tem que ter responsabilidade com a torcida. Por mim ele não deveria ter vindo. Ele conquistou a Libertadores, pô maravilha, torci, comemorei e chorei com meus filhos, mas treinador não é eterno. Não é porque teve uma conquista muito grande que ele tem que ficar”
O ex-presidente da patrocinadora do Fluminense questionou as contratações feitas nessa janela
Alguns reforços que chegaram ainda não caíram na graça da torcida pelas atuações apagadas. O ex-mandatário não gostou da forma que Mário escolheu para reforçar o elenco: “Desde o ano passado quando o Fábio era o melhor em campo, é porquê já tinha algo de suspeito. Alguns medalhões estão sobrecarregando os mais novos. O Martinelli ao tomar o drible ontem (no último gol do Cruzeiro) estava esgotado para suprir espaço. Mexe o time todo, trocam os caras de posição e eles ficam mortos. A lesão que o Alexsander teve, na minha opinião, foi acumulo físico por ficar cobrindo as subidas do Marcelo. Invés dele rejuvenescer o elenco, ele (Mário) contratou jogadores mais velhos. “Ahh vamos continuar envelhecendo que eu vou ganhar tudo” não é assim. Este ano trouxe craques. Renato Augusto, craque, mas não aguenta. Douglas Costas, no caso nem é muito pela idade, é mais pelo físico, né? Não aconteceu. Era claro que não iria dar certo.”
Celso Barros ainda criticou a época atual mais “marketeira” do time das três cores: “Tão fazendo muita festa também. É despedida do Fred, aniversário do clube, Thiago Silva… Legal! Tem que ter, mas o torcedor não só quer isso. O time está lá na última colocação, não tem muito o que comemorar. As pessoas guardam as conquistas, porém as coisas passam. Em 2010, Muricy Ramalho me criticou por ter feito festa por ter permanecido na Série A (em 2009), mas naquela época tinha cobrança, coisa que(acho) falta hoje.”
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