Não é segredo que o Fluminense conta com uma das maiores fábricas de talentos do mundo: Xerém. Na conquista da Libertadores, muitas crias do Flu participaram e foram essenciais da campanha: André, Martinelli, Alexsander, Marlon, Marcelo e claro, o herói Jhon Kennedy.
Não é segredo também que a tendência é que algum desses craques saiam: grande mercado na Europa, talentos inestimáveis e uma chance enorme na carreira de cada atleta. Cabe ao clube, porém, saber como vender e, depois, repôr essas saídas. Para a ida de Nino, o clube trouxe Antônio Carlos e efetivou Thiago Santos na zaga, decisão até agora elogiada. Mas e para os que ainda devem sair?
André
O volante vem desde meados de 2022 se provando o melhor da posição no país. Um carrapato na marcação, André se tornou um pilar do Fluminense de Diniz por saber também tocar com muita qualidade, ter excelente domínio de bola e um fôlego capaz de cobrir o campo todo. Líder na maioria das estatísticas do Fluminense no ano, não demorou até André receber sondagens de diversos gigantes europeus, principalmente da Inglaterra, onde seu estilo de jogo se encaixa bem.
Mantendo o alto nível de futebol, o volante pode realmente estar a caminho da Europa, mas como ficaria o Flu?
André é uma peça sem reposição no mercado, seja pela idade ou pelo talento. Pesa ainda mais o fato de André já ser adaptado ao esquema de Diniz, algo que não é fácil. A diretoria tricolor até trouxe Gabriel Pires, volante ex-Botagofo, mas além de um perfil de jogo diferente, o mesmo parece ainda não estar no seu auge físico. Já Thiago Santos, contratado como volante, parece já ter se acostumado com a vaga de zagueiro, onde tem grandes chances de ser titular na temporada.
A solução, na verdade, deve ser caseira: recuar Martinelli, dando espaço para Renato Augusto ou até mesmo Terans no lugar, deve ser a maneira que Diniz lidará com a ausência. Ainda há Alexsander, já totalmente recuperado da lesão do ano passado, que também mostra muito potencial e sabe cumprir os papéis de volante e lateral.
Jhon Kennedy
JK é sem dúvidas o herói da Glória Eterna. O Menino-Rei conquistou o mundo com sua frieza, finalização, poder de decisão, excelente mobilidade e técnica. O interesse europeu não é tão acentuado graças às polêmicas extra-campo que já estão em seu passado, mas não falta interesse de times da segunda prateleira do Velho Continente.
Mas e se JK sair?
Mesmo não sendo um titular, JK se tornou uma peça essencial do time, uma espécie de décimo-segundo jogador. Sem ele, Diniz com certeza perde poderio ofensivo para as alterações no jogo. Por outro lado, a diretoria vem reforçando ferozmente o último terço do campo, o que diminuiria essa “Kennedy-dependência” para jogos truncados.
Douglas Costa, Terans e Marquinhos podem não ser centro-avantes, mas prometem melhorar substancialmente o Fluzão ofensivamente, gerando mais ataques e oportunidades. Para a função de fazer gols, claro que Cano segue sendo imbatível, mesmo que a idade venha se aproximando.
Como é improvável que o Fluminense vá atrás de um 9 nos próximos meses, mesmo em caso de saída do JK, é possível acreditar que nomes como Lelê e o promissor Kauã Elias começarão a ter mais minutos.
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