Foto: José Tramontin

Dois ex-ídolos do Fluminense são lembrados em post anti-racismo de rival

No último sábado (25), o ex-jogador do Fluminense Léo, também conhecido por “Léo Pelé”, sofreu atos de racismo em partida contra o arquirrival Coritiba. Um vídeo publicado nas redes sociais mostra uma pessoa, localizada na torcida do Coxa, chamando o atleta de “macaco”, logo após o zagueiro ser expulso, no 1º tempo da partida.

Foto: Lucas Merçon – FFC

Com o ato criminoso sofrido pelo seu atleta, o Athletico divulgou um vídeo repudiando a atitude do torcedor. O curta que aparece um rapaz citando várias pessoas importantes na luta contra o racismo, menciona também dois ex-jogadores do Fluminense, Washington e Assis, ídolos negros do Tricolor onde se consagraram levantando títulos pelo time das Laranjeiras (1983 a 1987) e no próprio Furacão (1982).

Repdrodução: Athletico Paranaense

Fluminense e ligação contra o racismo

Uma das alcunhas do FFC é o Pó de Arroz justamente por se tratar de um “deboche” dos próprios torcedores do Flu contra rivais. A história surgiu em 13 de maio de 1914, vinte e seis anos após a assinatura da Lei Áurea, quando o atleta do Tricolor, Carlos Alberto, que estava longe de ser o primeiro negro a vestir as cores do Club, jogava pela primeira vez contra seu ex-clube, o América.

Ainda nos tempos em que atuava no Ameriquinha, Carlos Alberto costumava passar talco no rosto após fazer a barba como forma de aliviar irritações na pele, hábito comum entre os homens da época. Transferido para o Club naquele ano, o jogador manteve a prática até que, naquela partida, a torcida americana, ressentida com sua saída, proferiu gritos pejorativos de “pó de arroz” contra ele. Os torcedores do clube das três cores transformaram o ataque à uma bandeira, em uma representatividade nas festas pelas arquibancadas e em seu apelido.

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Foto: Flu-Memória